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1.
Arq. bras. cardiol ; 120(9 supl. 1): 59-59, set. 2023.
Article in Portuguese | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1510958

ABSTRACT

INTRODUÇÃO: A nefropatia induzida por contraste (NIC) é uma complicação dos procedimentos angiográficos que requerem a administração de meios de contraste. Grandes volumes estão associados à NIC. Não está claro se o tipo de contraste interfere nessa diferença. OBJETIVO: Avaliar se o volume de contraste utilizado nos procedimentos percutâneos tem interação com o tipo de contraste (baixa ou isosmolar) no desenvolvimento de NIC. MÉTODOS: A NIC é definida como uma elevação de creatinina sérica de mais de 25% ou ≥0,5 mg/dl da basal após 48 h. Subanálise de estudo randomizado, centro único, incluindo 2268 pacientes consecutivos submetidos a procedimentos coronários diagnósticos e terapêuticos entre 2016 a 2018. Todos os procedimentos foram realizados com contraste de baixa osmolaridade ou iso-osmolar. A amostra foi dividida em 2 grupos em relação ao volume de 150ml de contraste. Análise estatística: para avaliar o efeito do contrate e do volume no NIC, utilizou-se um modelo de regressão logística com efeito de interação. Este modelo foi avaliado também ajustado para síndrome coronária aguda, disfunção ventricular, creatinina basal, sexo e idade. Os dados foram analisados com uso do software R versão 4.1.2. RESULTADOS: População predominantemente masculina, HAS (85%), DM (52%), DRC (31%). Modelo de regressão logística com efeito de interação entre contraste e volume (p>0,999). Modelos aditivos para NIC apresentado sem diferença entre os grupos (p= 0.974 e p= 0.202) ajustado para sexo, idade, creatinina basal, IC, SCA. CONCLUSÃO: Nesse estudo, mesmos nos casos em que maior quantidade de contraste foi utilizada, o tipo de contraste (iso-osmolar ou de baixa osmolaridade) não foi associado à ocorrência de NIC.


Subject(s)
Angiography , Contrast Media , Percutaneous Coronary Intervention
2.
J. Transcatheter Interv ; 31(supl.1): 22-22, jul.-set. 2023.
Article in Portuguese | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1512217

ABSTRACT

INTRODUÇÃO: Em geral, pacientes (p) incluídos em estudos randomizados são selecionados e exibem perfil clínico/angiográfico de menor gravidade do que os do mundo real. Na última década, ensaios clínicos envolvendo intervenções coronárias percutâneas (ICP) com novos modelos de stents farmacológicos (SF) tem primado por estabelecer apenas critérios clínicos de avaliação dos resultados, evitando a necessidade de reestudo angiográfico compulsório na evolução, o que pode atenuar discrepâncias significativas entre casos selecionados ou não para participar dos estudos, assim como permitir a inclusão de mais p. OBJETIVO: O objetivo desta investigação foi avaliar a hipótese supracitada. MÉTODOS: Recentemente foi realizada em nosso Serviço a inclusão de p diabéticos (PD) de forma prospectiva e randomizada num estudo que avaliou um novo modelo de SF, quando comparado a outro modelo utilizado na rotina. Havia critérios de exclusão restritos. Decidimos comparar os perfis clínico e angiográfico de PD incluídos ou não no estudo, finalizando aleatoriamente a amostra quando fosse incluído o centésimo p. Desta forma, entre 10/2020 e 07/2021, foram realizadas 336 ICP em PD de forma prospectiva, subdivididos em 2 grupos: A) 100(29%) PD incluídos no estudo; B) os 236(71%) restantes. Estabeleceram-se como significativos valores de p<0.05. RESULTADOS: Sexo, idade, diabetes dependente de insulina e extensão da doença coronária não diferiram entre os grupos. Predominaram significativamente no grupo B: disfunção renal crônica(21% vs 7%; p=0.0033), idade superior a 70 anos(37% vs 23% p=0.015), antecedente de ICP(32% vs 13%; p=<0.001), ICP para pontes de veia safena(5% vs 0% p=0.03) e infarto com elevação de ST(19% vs 8%; p=0.017); antecedente de cirurgia de revascularização miocárdica previa(10% vs 4% P=0.08) e ICP uniarterial (69% vs 57% p=0.054) também foram mais observados em B, mas não de forma significante. Predominaram no grupo A: ICP de múltiplos vasos (43% vs 25%; p=0.0016), apresentação clínica de angina estável (47% vs 31%; p=0.009) e revascularização completa (62% vs 47%; p=0.0016). Embora a permanência de UTI do grupo B foi maior (1.1(±3.5) vs 0.27(±1.5) P=0.024) os resultados imediatos da fase hospitalar, em conjunto ou individualmente, não diferiram. CONCLUSÕES: 1) Cerca de um em cada três PD tratados foram incluídos no estudo; 2) mesmo com critérios de inclusão/exclusão menos rígidos, observamos perfil clínico/angiográfico de menor complexidade nos casos incluídos.


Subject(s)
Randomized Controlled Trials as Topic , Diabetes Mellitus
3.
J. Transcatheter Interv ; 31(supl.1): 25-26, jul.-set. 2023.
Article in Portuguese | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1512240

ABSTRACT

INTRODUÇÃO: Apesar dos fatores de risco para doença arterial coronária (DAC) serem bem conhecidos, os fatores associados à realização de revascularização miocárdica (RM), seja intervenção coronária percutânea (ICP) ou cirurgia de revascularização miocárdica (CRM), ainda são incertos, principalmente sob a perspectiva contemporânea da individualização do tratamento na DAC complexa. OBJETIVO: Identificar os fatores associados à indicação de RM na DAC multiarterial e/ou do tronco da coronária esquerda (TCE), e avaliar a associação entre o grau de complexidade anatômica e o método de RM. MÉTODOS: Estudo observacional, caso-controle e unicêntrico que incluiu 400 pacientes com diagnóstico angiográfico de DAC multiarterial e/ou do TCE. 307 pacientes foram submetidos a RM (173 ICP; 134 CRM) e 93 foram mantidos em tratamento clínico (pareamento 3:1). Complexidade anatômica foi determinada pelo escore Syntax I. Os modelos de regressão logística múltipla foram escolhidos a partir dos critérios de informação de Akaike. Os resultados foram apresentados como razões de chance (odds ratio, OR) ajustadas [intervalos de confiança de 95%]. RESULTADOS: Pacientes encaminhados para RM eram mais jovens (OR 1,06 [1,03-1,09], p<0,01), apresentaram mais apresentação clínica de infarto agudo do miocárdio (IAM) (IAM sem supra: OR 0,58 [0,33-1,01], p=0,05; IAM com supra: OR 0,32 [0,14-0,72], p=0,01), menor histórico de insuficiência cardíaca (IC) (OR 2,14 [1,15-3,98], p=0,02) e menor escore Syntax I (OR 1,03 [1,0-1,05], p=0,04), quando comparados aos pacientes mantidos em tratamento clínico. Já os pacientes encaminhados para a ICP eram mais idosos (OR 1,04 [1.01-1.08], p=0,01), apresentaram mais IAM com supra (OR 3,01 [1,4-6,65], p=0,01), menos doença renal crônica (DRC) (OR 0,39 [0,20- 0,75], p<0,01, menor escore Syntax I (OR 0,91 [0,88-0,94], p<0,01) e menor envolvimento do TCE (OR 0,35 [0,12-0,90], p=0,04), quando comparados aos pacientes encaminhados para CRM. CONCLUSÕES: Nesta análise, pacientes com DAC multiarterial e/ou do TCE encaminhados para RM eram mais jovens, com maior apresentação clínica de IAM, menor histórico de IC e menor complexidade anatômica, quando comparados aos pacientes mantidos em tratamento clínico. Entre aqueles submetidos à RM, a ICP foi realizada em pacientes mais idosos, com maior apresentação de IAM com supra, menor prevalência de DRC, e menor complexidade anatômica e envolvimento do TCE, quando comparados aqueles encaminhados para CRM.

4.
J. Transcatheter Interv ; 31(supl.1): 31-31, jul.-set. 2023.
Article in Portuguese | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1512685

ABSTRACT

INTRODUÇÃO: O infarto do miocárdio (IAM) sem lesões coronárias significativas (< 50%) denominado MINOCA representa 6% dos IAM tipo 1, sendo mais frequente em mulheres. Não é benigno e tem fisiopatologia complexa, envolvendo dissecção coronária aguda, erosão/ruputura de placa,espasmo dos vasos epicárdicos e disfunção da microcirculação. OBJETIVOS: Verificar as características clínicas e angiográficas das pacientes do sexo feminino admitidas em nosso serviço com diagnóstico de IAM tipo 1. MÉTODOS: Estudo observacional, retrospectivo, utilizando o banco de dados do laboratório de hemodinâmica de um hospital terciário. Foram incluídas 44 pacientes do sexo feminino, no período de 01/2023 a 05/2023, com diagnostico confirmado de IAM (4º Definição Universal de infarto), com cinecoronariografia sem evidências de lesão significativas (> 50%). RESULTADOS: Nas 44 mulheres a média de idade foi 58 anos, sendo 73% hipertensas, 52% dislipidêmicas,41% com diabetes, 50% tabagistas e 52% com sobrepeso / obesidade. Todas com diagnostico de SCA, sendo 80% IAM sem supradesnivelamento ST, 16% IAM com supradesnivelamento ST e 4% com angina instável, a maioria assintomática após o evento. A fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) foi normal em 53%, sendo que apenas 11,3% apresentavam disfunção com FEVE ≤40%. Métodos não invasivos para avaliação de alterações segmentares de contratilidade foram ecocardiograma transtorácico (77,2%), eco com estresse (2,3%) e ressonância cardíaca (RC:2,3%). A cinecoronariografia (CC) revelou lesões < 50% em todas as 44 pacientes analisadas e métodos de imagem invasivos como ultrassom coronário (USIC) e tomografia de coerência óptica (TCO) não foram utilizados de rotina. CONCLUSÕES: MINOCA acomete mais mulheres, mais jovens, com menos fatores de risco tradicionais e sua confirmação diagnóstica inclui além do quadro clínico, elevação dos marcadores de necrose e ausência de lesões > 50% na CC. Idealmente seu diagnóstico envolve a realização de RC para confirmar ou descartar o IAM e métodos de imagem invasivos como USIC/ para caracterizar a placa e os mecanismos fisiopatológicos envolvidos.

5.
J. Transcatheter Interv ; 31(supl.1): 31-31, jul.-set. 2023.
Article in Portuguese | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1512688

ABSTRACT

INTRODUÇÃO: A avaliação funcional de lesões obstrutivas coronárias tem sido recomendada para determinar a indicação do procedimento de revascularização miocárdica baseada na indução de isquemia significativa, principalmente no cenário de doença arterial coronariana (DAC) estável. Estudos demonstraram que a intervenção coronária percutânea (ICP) guiada por fisiologia invasiva leva ao tratamento intervencionista de menos lesões, com eficácia e segurança tardias superiores à guia por angiografia. OBJETIVO: Reportar a utilização e impacto da avaliação funcional invasiva na rotina de um serviço de hemodinâmica em hospital público de alto volume com RFR, método não-hiperêmico que avalia a razão do ciclo completo em repouso identificando a menor relação pressão arterial distal à estenose/pressão arterial de referência durante o ciclo cardíaco. MÉTODOS: Trata-se de um estudo observacional realizado em centro único, com coleta de dados de pacientes submetidos a procedimento intervencionista coronário com avaliação invasiva com RFR de pelo menos uma lesão obstrutiva coronária no período de janeiro a junho de 2023. O RFR foi aplicado em pacientes com DAC estável para avaliação de lesões inicialmente indicadas para ICP, mas duvidosas quando à gravidade e significância, devido ao grau de estenose considerado moderado pela análise visual e/ou localizadas em segmentos com área de miocárdio em risco limitada. RESULTADOS: No total, 116 lesões coronárias foram submetidas à avaliação funcional com RFR. Destas, 76% (n=88) resultaram em RFR≥0,89, das quais 97% (85/88) foram mantidos em tratamento clínico, sem realização de intervenção coronária percutânea. Das 24% (n=28) com valor de RFR<0,89, 75% (21/28) foram submetidos a procedimento de revascularização por ICP; já dentre os outros 25% (7/28), 5 foram encaminhados para revascularização cirúrgica e 2 apresentaram curvas de pressão de RFR que revelaram um padrão ascendente em "rampa" sem gradiente localizado. Das lesões com grau de estenose ≥70% pela análise visual, 66% apresentaram RFR≥0,89 e não foram revascularizadas. No geral, 75% (87/116) das lesões submetidas à análise com RFR não necessitaram de revascularização. CONCLUSÃO: O uso de RFR como método de avaliação funcional coronária invasiva foi eficaz na redução do número de procedimentos de ICP na rotina da prática diária, reforçando sua utilidade na adequação das indicações de revascularização miocárdica.

6.
J. Transcatheter Interv ; 31(supl.1): 32-32, jul.-set. 2023.
Article in Portuguese | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1512738

ABSTRACT

INTRODUÇÃO: O tratamento percutâneo de lesões no Tronco de Coronária Esquerda (TCE) tem se demonstrado uma opção segura ao tratamento cirúrgico. O procedimento quando envolve a bifurcação, denota maior grau de complexidade e influencia a escolha da técnica, número de stents e utilização de imagem intracoronária para orientar o procedimento. OBJETIVO Esse levantamento tem por objetivo reportar a incidência da utilização de imagem intracoronária nas lesões de Tronco de Coronária Esquerda submetidas à intervenção coronária percutânea (ICP) em um serviço de referência terciário. MÉTODOS Estudo observacional em que foi realizado levantamento de dados no período de 26 meses, entre os dias 01/03/2021 até 31/05/2023 baseado em revisão de prontuário e avaliação das imagens realizadas durante o procedimento de intervenção, em que se identificou os pacientes submetidos à ICP de Tronco da Coronária Esquerda (TCE) nos seus diversos contextos. Foi identificado a taxa de utilização de método de imagem intracoronária e a necessidade de otimização do tratamento conforme os achados e a taxa de óbito relacionada aos procedimentos. RESULTADOS Foram realizados 203 procedimentos de ICP de TCE no período, dos quais 167 envolviam bifurcação (82%). Em 99 dos procedimentos (48%) foi utilizada imagem, em que a ultrassonografia intracoronária (USIC) foi realizada em 88 casos (89%) e a tomografia de coerência óptica (OCT) em 11 (11%). O método foi preferencialmente utilizado no período pré-intervenção para guiar estratégia inicial (75% dos casos). Em 31 casos houve modificação da conduta após o controle como: pós-dilatação, técnica de otimização proximal ou kissing balloon. Destes, 15 (48%) não haviam sido submetidos à avaliação inicial de imagem. A taxa de óbito foi de 1,4%. CONCLUSÃO Nessa análise, foi evidenciado uma utilização considerada elevada em relação aos trabalhos na literatura de imagem intracoronária. Assim como na literatura, a USIC foi mais utilizada que OCT. A taxa de óbitos relacionou-se à maior complexidade dos casos (SCA, bifurcação, instabilidade hemodinâmica). A utilização do método complementar foi relevante por ter modificado a conduta em quase metade dos casos dos que utilizaram imagem.

7.
J. Transcatheter Interv ; 31(supl.1): 137-138, jul.-set. 2023.
Article in Portuguese | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1513050

ABSTRACT

FUNDAMENTOS: O estudo angiográfico invasivo permanece como o exame diagnóstico padrão-ouro para a determinação e quantificação da gravidade e extensão da doença arterial coronária (DAC) obstrutiva. No geral, a maioria das indicações para realização do exame na atualidade, inclui procedimentos eletivos em pacientes com suspeita de DAC obstrutiva significativa e pacientes com quadro clínico agudo ou recente de síndrome coronária aguda (SCA). OBJETIVO: Determinar o perfil clínico, dados de procedimentos e achados angiográficos em termos de gravidade e extensão da DAC em pacientes submetidos à exame diagnóstico de cateterismo cardíaco esquerdo e cineangiocoronariografia em centro de referência terciário de grande porte e volume em sua prática diária. Métodos: Entre 2007 e 2023, foram realizados cerca de 59.239 exames diagnósticos de cateterismo cardíaco esquerdo mais cineangiocoronariografia na rotina da prática diária em um centro de referência terciário de grande volume. Os dados demográficos basais, perfil de risco, apresentação clínica e achados angiográficos foram obtidos a partir do banco de dados dedicado do Serviço de Cardiologia Invasiva da instituição, cujo preenchimento é atrelado a elaboração e liberação do laudo do exame. RESULTADOS: A média das idades era 69,01±11,34 anos e 61,29% eram do sexo masculino. Em relação aos fatores de risco para DAC, 32,48% tinham diabetes (5,1% insulino dependente), 78,1% hipertensão arterial sistêmica, 58,45% dislipidemia, 24,05% infarto agudo do miocárdio prévio, 10,74% intervenção coronária percutânea prévia, 2,01% acidente vascular encefálico prévio, 2,58% doença vascular periférica (diagnosticada previamente), 2,42% com insuficiência cardíaca descompensada e 19,95% insuficiência renal crônica. Tabagismo atual e histórico foram encontrados em 13,78% e 22,7%, respectivamente. O diagnóstico prévio de doença valvar associada foi encontrado em 6,10% e a média do índice de massa corpórea era de 27,72±6,05 kg/m2. No geral, a apresentação clínica de SCA (fase aguda ou recente) foi encontrada em um 40% dos casos. Em termos de procedimento, a via de acesso radial foi utilizada em cerca de um terço dos casos, introdutores 5-Fr. e 6-Fr foram utilizados em 23,65 e 75,96%, respectivamente, e a média de volume total de contraste foi de 63,71±29,19 mL. Sobre os achados angiográficos, o padrão de dominância foi direita em 79,84%, esquerda em 8,45% e co-dominância em 10,72%. A ventriculografia esquerda foi realizada em 95,67% dos casos e observou-se algum grau de disfunção em 41,72%. Cerca de 60,85% dos casos evidenciaram a presença de DAC obstrutiva significativa (>50%), sendo 23,97% de padrão uniarterial, 17,87% biarteriais, 16,80% triarteriais e 1,66% incidindo no Tronco da coronária esquerda. CONCLUSÕES: Nesta análise, observa-se um elevado perfil de risco do ponto de vista cardiovascular, incluindo múltiplas comorbidades, predomínio de pacientes de maior faixa etária e gênero masculino, apresentação clínica aguda se fez presente em dois quintos dos casos realizados. Ademais, a maioria dos pacientes apresentou DAC significativa que está associada a pior prognóstico, devendo existir uma busca constante na otimização e cumprimento de metas terapêuticas.


Subject(s)
Health Profile
8.
J. Transcatheter Interv ; 31(supl.1): 143-143, jul.-set. 2023.
Article in English | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1513066

ABSTRACT

BACKGROUND: TAVR has emerged as a revolutionary treatment for patients with symptomatic and severe AS, irrespective of surgical-risk scores. Novel transcatheter heart valves (THV) with a lower profile, easy of use and expected longer durability are being developed to target younger patients. Myval is a 14Fr-balloon expandable THV with a skirt to minimize the occurrence of paravalvular leak (PVL), and has been approved for commercial use in Brazil in 2020. METHODS: Single-center, single arm, open label prospective registry encompassing all consecutive patients referred to TAVR in our Institution between December 2020 and June 2023 with clinical and echocardiography follow up at 30 days and up to 1 year. Clinical and echocardiographic outcomes were defined accordingly to VARC-III criteria. RESULTS: A total of 136 pts were enrolled so far. 72 pts with year follow-up. Mean age was 78.1 ± 6.7 years, 44% were female and mean STS score was 3.3 ± 1.6 %. Pre-procedures mean gradient and aortic valve area were 57.7 ± 17.4 mmHg and 0.65 ± 0.15 cm2, respectively. 55 % of pts were in class III/IV NYHA. In the majority of pts, TAVR procedures were performed under a minimalist, percutaneous transfemoral approach, except two cases (one performed using transcarotid access and another using transubclavian access). 18,4% of pts were treated for bicuspid aortic stenosis and 10 pts (7.3%) underwent a valve-in- -valve procedure. Procedure success was achieved in all cases, and a post-procedure echo revealed a mean residual gradient of 5.2 ± 4.5 mmHg, with PVL greater than mild in nine cases (7%). A permanent pacemaker was required in 6 pts (4.4%), and the average hospital length of stay was 3.3 ± 2.4 days. At 30-days, there were 4 deaths, one due to COVID-19, other one non cardiovascular and two classified as cardiovascular deaths. Currently, 72 patients completed 12 months follow-up. One cardiovascular death was reported at follow-up and all the remaining patients were in NYHA class < II. We observed two cases of early valve deterioration with thrombosis, which were successfully managed with anticoagulation therapy. No further valve intervention was necessary for any of the patients. CONCLUSION: The mid-term follow-up of Meril's TAVR system was found to be satisfactory and comparable to other commercially available THV's. However, it is important to note that long-term follow-up studies are currently underway to further evaluate the performance and durability of the TAVR system.


Subject(s)
Transcatheter Aortic Valve Replacement
9.
J. Transcatheter Interv ; 31(supl.1): 261-261, jul.-set. 2023.
Article in English | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1515748

ABSTRACT

BACKGROUND: Transcatheter aortic valve replacement (TAVR) has emerged as a treatment option for patients (pts) with severe symptomatic aortic stenosis (AS) regardless of surgical risk, and procedural steps are constantly being refined. Direct pacing over the left ventricular (LV) guidewire has been adopted to refine and streamline TAVI procedures. In this study, we sought to determine how many pts underwent TAVR using LVWP; the incidence of loss of pacemaker capture (LPC) - as defined as the presence of non-captured beats during fluoroscopy; the occurrence of valve malpositioning, migration or embolization; and the need for RVTP during THV deployment (because of stimulation failure) or permanent pacemaker after TAVR. METHODS: Single-center, observational, retrospective study. From Jun 2020 to Jun 2023, all consecutive pts who underwent TAVI with BEV for severe and symptomatic, native AS ou aortic bioprosthesis dysfunction were selected. Pacing was performed at 180 bpm, and BP needed to be reduced to 50 mmHg with a pulse-pressure of 10 mmHg before implanting BEV. RESULTS: 147 pts with a mean age of 78 ± 6.6 y, 45.5% female and STS of 3.4 ± 1.8 % were selected. LV ejection fraction was 55.7% ± 11.8% and mean AV area and transaortic valve gradient were 0.6 ± 0.16 cm² and 56.1 ± 16.6 mmHg, respectively. LVWP was the predominant method of rapid stimulation (135 pts, 91,8%); the remaining pts underwent conventional RVTP due to baseline right-bundle branch block RBBB (n=10), 1st-degree AV block plus left anterior fascicular block (n=1) and cardiogenic shock (n=1). In patients selected for LVWP pacing, no RVTP was required because of stimulation failure. LPC was noted during THV implantation in 18 cases (13.3%), but no malpositioning or embolization were observed. The overall need for permanent pacemaker was 8%: none occurred after LV pacing and 100% after RV pacing; among those with pre-existing RBBB, 8 (80%) required a permanent pacemaker after TAVI. CONCLUSIONS: In our experience, LVWP was a simple, safe and valuable alternative for rapid pacing and could be applied in the majority of pts selected for TAVR with a BEV, providing reliable cardiac stimulation with a low incidence of THV migration (0.74%). No valve embolization or cardiac tamponade was noted. For patients with pre-existing RBBB or other conduction disorders with increased risk of permanent pacemaker, RVTP should be recommended.

10.
J. Transcatheter Interv ; 31(supl.1): 144-144, jul.-set. 2023.
Article in English | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1513087

ABSTRACT

INTRODUCTION: Transfemoral TAVR is a safe and effective treatment for severe and symptomatic aortic stenosis, regardless of patient's surgical risk profile. Vascular access and hemostasis are fundamental steps of the procedure and have a profound impact on prognosis. Traditionally, the arterial hemostasis has been obtained through the use of 2 or more vascular closure devices (Proglide, Perclose, St Jude Medical) or the association of suture and plug devices (Proglide, Perclose + AngioSeal, St Jude Medical). More recently, with the advent of smaller sheaths (14F) and the routine use of ultrasound- -guided puncture, we hypothesize that the use of just one vascular closure device could be a safe and effective approach for obtaining hemostasis. METHODS: Observational study, including patients who underwent transfemoral TAVR from Mar/2020 to Jun/2023. Arterial access was obtained with the aid of vascular ultrasound in all cases. Since Sept/2021, we developed an institutional protocol with the use of just one Perclose. Primary end-points were the need for additional vascular closure devices, the presence of femoral stenosis of >50% (according to femoral angiography at the end of the procedure), and the occurrence of bleeding or major vascular complications (according to the VARC-III criteria). RESULTS: A total of 157 patients underwent transfemoral TAVR at our institution. We used one Perclose in 106 pts (Group A) and two Perclose devices in 51 pts (Group B). The main characteristics at baseline were as follows; mean age of 78 ± 6.64 y, 39% were female, and mean STS score of 3.36 ± 1.79. The mean aortic valve area and gradient were 0.65 ± 0.16 cm² and 56.13 ± 16.66 mmHg, respectively, with no significant differences between groups. Balloon-expandable THV was used in 91.3% of the pts. At control, post-procedure femoral angiography, residual stenosis was present in six (7.1%) patients on Group A and 10 (22.7%) patients in Group B (p=0.021). There was no difference in major or minor bleeding and major vascular complications between groups. Twelve (11,3%) patients in Group A required an additional vascular closure device. CONCLUSION: In our experience, routine ultrasound-guided femoral access and the use of 1 vascular closure device proved to be feasible and effective for vascular hemostasis, while reducing residual stenosis of the femoral artery as compared to traditional use of two vascular closure devices.

11.
J. Transcatheter Interv ; 31(supl.1): 145-145, jul.-set. 2023.
Article in English | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1513092

ABSTRACT

BACKGROUND: Dynamic intraventricular obstruction ("suicide ventricle") is a rare but often dramatic complication that may occur in pts undergoing TAVI. Sudden abolition of cardiac afterload determined by aortic stenosis (AS) relief after TAVI could lead to paradoxical hemodynamic collapse due to increase of intraventricular gradients (IVG) and SAM. Predictive factors may include small LV diameters, asymmetrical hypertrophy with a septal bulge, high EF with elevated aortic gradients or concomitant hypertrophic cardiomyopathy (HOCM). ERASH consists in radiofrequency applications to septal portions of the left ventricular outflow tract using therapeutic electrophysiology catheters (EC), and has been successful in HOCM both as first-line procedure or after failed myectomy. We described our initial experience with ERASH before TAVI in pts deemed at risk of suicide ventricle. METHODS: Single-center, observational study with consecutive pts with symptomatic AS - mean transaortic gradient > 40 mmHg and valve area < 1.0 cm2 - and concomitant, echocardiographic findings of IVG > 30 mmHg at rest, with septal wall thickness > 15 mm. After multidisciplinary discussion, pts were considered too high-risk for combined SAVR and myectomy, and ERASH before TAVI was proposed. ERASH was performed using general anesthesia, and transeptal access were selected to prevent potential risks of crossing calcified, aortic valves with EC. RESULTS: From Jun/20 to Jun/23, 4 pts were identified (female in 75%, mean age of 76 ± 7 years; 50% with hypertension and 25% with chronic renal failure). At baseline, mean IVG at rest was 46,5 ± 22.3 mmHg, and mean transvalvular gradient was 58 ± 7.7 mmHg. After ERASH, there was a significant reduction (>50%) of IVG at rest in all patients (from 46,5 ± 22.3 to 15.5 ± 4.9 mmHg). All pts underwent TAVI with a balloon-expandable (n=3) or self-expandable (n=1) after a mean interval of 56.7 ± 35.9 days, and mean transaortic gradient was 7.7 ± 2.4 mmHg. After 30 days, all pts were in NYHA class < II with improved quality of life. CONCLUSIONS: In this initial experience, a careful pre-procedure echocardiographic assessment identified pts with concomitant AS and significant IVG at rest. ERASH before TAVI was safe and effective, and can be an adjunt intervention to prevent sudden, dynamic intraventricular obstruction in this challenging clinical presentation.

12.
J. Transcatheter Interv ; 31(supl.1): 145-145, jul.-set. 2023.
Article in Portuguese | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1513097

ABSTRACT

INTRODUÇÃO: A presença de regurgitação tricúspide (RT) está associada à grave prognóstico, com sintomas refratários, perda de qualidade de vida e redução da sobrevida. Diferentes intervenções por cateter têm sido desenvolvidas para o tratamento de pacientes (pts) com RT sintomática e risco cirúrgico elevado. O sistema TricValve (P&F) é composto por 2 próteses auto-expansíveis de nitinol com folhetos de pericárdio bovino para implante heterotópico bicaval - reduzindo o refluxo hepático e os efeitos sistêmicos deletérios da RT grave, sendo o único dispositivo dedicado a este tratamento disponível no Brasil. MÉTODOS Relatamos a experiência inicial de um hospital terciário do SUS no implante do sistema TricValve. Entre julho de 2022 e maio de 2023, 5 pacientes com RT sintomática, NYHA > III e internações prévias por descompensação clínica - a despeito de terapia com diuréticos em altas doses - foram selecionados, sendo 60% do sexo feminino e média de idade de 65 ± 7,9 anos. Dois pts já haviam sido submetidos a transplante cardíaco, e 4 pts apresentavam cirurgia valvar não-tricúspide prévia. Quatro pts apresentavam fibrilação atrial e 1 possuía marca-passo definitivo prévio. O Tri-Score médio foi de 3,25 ± 1,29 pontos. Ao ecocardigrama, a fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) era preservada (60,2 ± 1,1 %), e a maioria dos pts apresentava dilatação do ventrículo direito, porém com função preservada. Após 2 casos iniciais realizados sob anestesia geral, 3 casos mais recentes necessitaram de sedação e anestesia local, com monitorização do implante por fluroscopia e ecocardiograma transtorácico. O sucesso técnico foi alcançado em todos os pts, sem desfechos cardíacos adversos. Quatro pacientes (80%) relataram dor transitória no ombro após o procedimento, com melhora gradual após uso de gabapentina. O tempo de internação hospitalar médio foi de 15 ± 12 dias, e o prolongamento da internação deveu-se principalmente ao ajuste da dose de anticoagulação oral com warfarina em 4 pts; apenas um fez uso de DOAC. No acompanhamento de 30 dias, 80% dos pts apresentaram redução de mais de 50% na dose do diurético, mantida após 6 meses. Houve melhoria de classe funcional, com NYHA ≤ II em todos os pts. CONCLUSÃO: Nossa experiência inicial com o sistema TricValve refletiu os resultados do estudo TRICUS EURO, observando-se significativa melhora clínica realçada pela possibilidade de redução do uso de diuréticos, com alto índice de sucesso técnico.

13.
J. Transcatheter Interv ; 31(supl.1): 262-262, jul.-set. 2023. tab.
Article in Portuguese | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1515764

ABSTRACT

INTRODUÇÃO: A nefropatia induzida por contraste (NIC) é uma complicação dos procedimentos angiográficos que requerem a administração de meios de contraste. Grandes volumes estão associados à NIC. Não está claro se o tipo de contraste interfere nessa diferença. OBJETIVO: Avaliar se o volume de contraste utilizado nos procedimentos percutâneos tem interação com o tipo de contraste (baixa ou isosmolar) no desenvolvimento de NIC. MÉTODOS: A NIC é definida como uma elevação de creatinina sérica de mais de 25% ou ≥0,5 mg/dl da basal após 48 h. Subanálise de estudo randomizado, centro único, incluindo 2268 pacientes consecutivos submetidos a procedimentos coronários diagnósticos e terapêuticos entre 2016 a 2018. Todos os procedimentos foram realizados com contraste de baixa osmolaridade ou iso-osmolar. A amostra foi dividida em 2 grupos em relação ao volume de 150ml de contraste. Análise estatística: para avaliar o efeito do contrate e do volume no NIC, utilizou-se um modelo de regressão logística com efeito de interação. Este modelo foi avaliado também ajustado para síndrome coronária aguda, disfunção ventricular, creatinina basal, sexo e idade. Os dados foram analisados com uso do software R versão 4.1.2. RESULTADOS: População predominantemente masculina, HAS (85%), DM (52%), DRC (31%). Modelo de regressão logística com efeito de interação entre contraste e volume (p>0,999). Modelos aditivos para NIC apresentado.


Subject(s)
Percutaneous Coronary Intervention
14.
J. Transcatheter Interv ; 31(supl.1): 144-144, jul.-set. 2023.
Article in Portuguese | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1513090

ABSTRACT

INTRODUÇÃO: A válvula aórtica bicúspide (BAV) é a alteração congênita cardíaca mais comum, ocorrendo em 1% a 2% da população total e pode chegar a até 25% na população de 80 anos ou mais dos pacientes referenciados para TAVI. No entanto, esta condição foi excluída dos principais estudos randomizados sobre TAVI. Portanto, é importante investigar mais profundamente os resultados da TAVI nesta população específica. MÉTODOS: Retrospectivo, unicêntrico e observacional. Revisão de banco de dados e selecionados todos os pacientes submetidos a TAVI no período de novembro de 2020 a janeiro de 2023. O objetivo deste estudo é avaliar a incidência e os resultados imediatos da TAVI na população com BAV. Foram coletados dados clínicos e demográficos, bem como informações sobre as complicações e desfechos imediatos após a TAVI nos pts com BAV e tricúspide, segundo o critério de VARC 3. RESULTADOS: De um total de 130 pacientes, 20 deles apresentaram BAV, resultando em uma incidência de 15,5%. A análise estatística não evidenciou diferença significativa na média de idade entre o grupo BAV (77,61 ± 7,02 anos) e o grupo tricúspide (77,65 ± 7,02 anos), com um p-valor não significativo de 0,98. O STS score médio foi de 3,50 ± 1,63% no grupo BAV e 3,49 ± 1,62 % no grupo tricúspide. Não houve diferença significativa na necessidade de pré-dilatação entre os grupos, sendo necessária em 14 dos 20 casos de bicúspide (70%) e 54 dos 110 casos de tricúspide (49%) (p>0,05). Além disso, não foi evidenciada diferença significativa no gradiente ventrículo esquerdo (VE) e aorta (AO) médio pós-procedimento de 4,98 ± 2,66 vs 5,11 ± 2,66; p> 0,05, de bicúspide e tricúspide respectivamente, nem na incidência de refluxo maior que discreto (10% bicúspide vs 2,7% tricúspide, p=0,12). O sucesso do procedimento foi obtido em 100% dos casos. CONCLUSÃO: Com base nos resultados da presente análise, não foi encontrada diferença significativa no sucesso da TAVI entre os pacientes com BAV e tricúspide. Além disso, a análise estatística não evidenciou diferença significativa nos dados pesquisados. Esses resultados sugerem que a presença de uma BAV não deve ser considerada uma contraindicação para o procedimento TAVI. No entanto, estudos adicionais com amostras maiores são necessários para confirmar esses resultados e fornecer uma maior segurança clínica para os pacientes com BAV submetidos a TAVI.


Subject(s)
Transcatheter Aortic Valve Replacement
15.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 33(2B): 112-112, abr. 2023.
Article in Portuguese | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1437779

ABSTRACT

A TAVI surgiu como um tratamento revolucionário para pacientes com estenose aórtica (EA) grave e sintomática, independentemente do perfil de risco cirúrgico. Novas próteses transcateter com mais baixo perfil, fácil implante e expectativa de maior durabilidade estão sendo desenvolvidas para atingir também população mais jovem e de baixo risco. Myval (Meril) é uma prótese transcateter balão-expansível de 14Fr com design para minimizar a ocorrência de leak paravalvar (LPV), e foi recentemente aprovada para uso clínico em nosso país. Relataremos a experiência inicial com este novo dispositivo. MÉTODOS: Registro prospectivo, unicêntrico, envolvendo todos os pacientes (pts) consecutivos submetidos à TAVI com a prótese MyVal na instituição. Os resultados clínicos e ecocardiográficos foram definidos de acordo com os critérios VARC-III. RESULTADOS: Entre dez/20 e jan/23, 91 pts foram submetidos a TAVI. A média de idade foi de ¬¬¬¬75 ± 6,9 anos, sendo ¬¬¬40% do sexo feminino; o escore STS foi de 3,43 ± 1,64%. O gradiente médio (GM) e a área valvar aórtica pré-procedimento foram de 56,4 ± 17,6 mmHg e 0,7 ± 0,2 cm2, respectivamente. Todos os procedimentos foram realizados sob abordagem minimalista com acesso femoral percutâneo, exceto 1 caso realizado por via carotídea. 11 pts apresentavam EA bicúspide, 7% possuíam disfunção ventricular grave (< 30%) e sete foram submetidos a um procedimento valve-in-valve aórtico. Sucesso do procedimento ocorreu em todos os casos, e o ecocardiograma pós-TAVI revelou GM médio de 4,9 mmHg, com LPV > leve em apenas dois casos (2,1%). Marcapasso definitivo foi necessário em 3 pts (3,3%), e o tempo médio de internação foi de 2,8 dias. Aos 30 dias, ocorreram dois óbitos: um por COVID-19 (em paciente que apresentou sangramento maior e internação prolongada), outro por causa cardiovascular, alem de 2 óbitos no seguimento de seis meses devido a causa não cardíaca. Aos 12 meses de seguimento, 100% dos pacientes apresentam-se em classe NYHA I ou II, o GM e a área valvar foram respetivamente de 11,75 ± 7,93 mmHg e 1,62 ± 0,08 cm2. CONCLUSÃO: Em nossa experiência, o emprego da prótese balão-expansível Myval resultou em desfechos clínicos e ecocardiográficos satisfatórios, estando associada à baixa taxa de complicações do procedimento no seguimento de 1 ano.


Subject(s)
Transcatheter Aortic Valve Replacement , Balloon Valvuloplasty
16.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 33(2B): 113-113, abr. 2023.
Article in Portuguese | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1437796

ABSTRACT

INTRODUÇÃO: A válvula aórtica bicúspide (BAV) é a alteração congênita cardíaca mais comum, ocorrendo em 1% a 2% da população total e pode chegar a até 25% na população de 80 anos ou mais. No entanto, esta condição foi excluída dos principais estudos randomizados sobre TAVI. Portanto, é importante investigar mais profundamente os resultados da TAVI nesta população. MÉTODOS: retrospectivo, unicêntrico e observacional. Revisão de banco de dados específico e selecionamos todos os pacientes submetidos a TAVI no período de novembro de 2020 a janeiro de 2023 em nossa instituição. O objetivo deste estudo é avaliar a incidência e os resultados imediatos da TAVI na população com BAV. A análise dos dados foi realizada utilizando estatística descritiva e comparativa (Teste T de Student). RESULTADOS: De um total de 130 pacientes (pct), 20 deles apresentaram BAV, resultando em uma incidência de 15,5%. A análise estatística não evidenciou diferença significativa na idade média entre o grupo BAV (77,61 ± 7,02 anos) e o grupo tricúspide (77,65 ± 7,02 anos), com um p-valor não significativo de 0,98. O STS score médio foi de 3,50 ± 1,63% no grupo BAV e 3,49 ± 1,62 % no grupo tricúspide. Não houve diferença significativa na necessidade de pré-dilatação entre os grupos, sendo necessária em 14 dos 20 casos de bicúspide (70%) e 54 dos 110 casos de tricúspide (49%) (p>0,05). Além disso, não foi evidenciada diferença significativa no gradiente ventrículo esquerdo (VE) e aorta (AO) médio pós-procedimento de 4,98 ± 2,66 vs 5,11 ± 2,66; p> 0,05, de bicúspide e tricúspide respectivamente, nem na incidência de refluxo maior que discreto (10% bicúspide vs 2,7% tricúspide, p=0,12). O sucesso do procedimento foi obtido em 100% dos casos. CONCLUSÃO: Com base nos resultados da presente análise, não foi encontrada diferença significativa no sucesso da TAVI entre os pacientes com BAV e tricúspide. Além disso, a análise estatística não evidenciou diferença significativa nos dados pesquisados. Esses resultados sugerem que a presença de uma BAV não deve ser considerada uma contraindicação para o procedimento TAVI. No entanto, estudos adicionais com amostras maiores são necessários para confirmar esses resultados e fornecer uma maior segurança clínica para os pacientes com BAV submetidos a TAVI.


Subject(s)
Transcatheter Aortic Valve Replacement
17.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 33(2B): 115-115, abr. 2023.
Article in Portuguese | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1437849

ABSTRACT

INTRODUÇÃO: A nefropatia induzida por contraste (NIC) é uma complicação dos procedimentos angiográficos que requerem a administração de meios de contraste. Grandes volumes estão associados à NIC. Não está claro se o tipo de contraste interfere nessa diferença. OBJETIVO: Avaliar se o volume de contraste utilizado nos procedimentos percutâneos tem interação com o tipo de contraste (baixa ou isosmolar) no desenvolvimento de NIC. MÉTODOS: A NIC é definida como uma elevação de creatinina sérica de mais de 25% ou ≥0,5 mg/dl da basal após 48 h. Subanálise de estudo randomizado, centro único, incluindo 2268 pacientes consecutivos submetidos a procedimentos coronários diagnósticos e terapêuticos entre 2016 a 2018. Todos os procedimentos foram realizados com contraste de baixa osmolaridade ou iso-osmolar. A amostra foi dividida em 2 grupos em relação ao volume de 150ml de contraste. Análise estatística: para avaliar o efeito do contrate e do volume no NIC, utilizou-se um modelo de regressão logística com efeito de interação. Este modelo foi avaliado também ajustado para síndrome coronária aguda, disfunção ventricular, creatinina basal, sexo e idade. Os dados foram analisados com uso do software R versão 4.1.2. RESULTADOS: População predominantemente masculina, HAS (85%), DM (52%), DRC (31%). Modelo de regressão logística com efeito de interação entre contraste e volume (p>0,999). Modelos aditivos para NIC apresentado na tabela 1 abaixo. CONCLUSÃO: Nesse estudo, mesmos nos casos em que maior quantidade de contraste foi utilizada, o tipo de contraste (iso-osmolar ou de baixa osmolaridade) não foi associado à ocorrência de NIC.


Subject(s)
Coronary Angiography , Kidney Diseases , Angioplasty, Balloon, Coronary
18.
JACC cardiovasc. interv ; 16(4_Suppl): S108-S108, Feb, 2023.
Article in English | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1435062

ABSTRACT

INTRODUCTION: The transfemoral TAVR is a safe and effective treatment for severe and symptomatic aortic stenosis, regardless of the surgical risk profile. The vascular access and hemostasis are fundamental steps of the procedure and have impact on the prognosis. Traditionally, the arterial hemostasis has been obtained through the use of 2 or more vascular closure devices (ProGlide, Perclose) or the association of vascular closure devices (suture + collagen). Nevertheless, the reduction of sheet size and routinary use of ultrasound guided puncture, the use of one vascular closure device could be effective in obtaining hemostasis in such patients. METHODS: Observational, prospective study, including patients submitted to transfemoral TAVR through March/2020 to April/2022. The arterial access was obtained with ultrasound assistance on all cases. From September/2021 we initiated the institutional protocol with the use of one Perclose after obtaining the femoral access (pre-closure technique). We evaluated the need for additional vascular closure devices, the presence of femoral stenosis of > 50% (according to femoral angiography at the end of the procedure) and the occurrence of bleeding (according to the VARC-III criteria). RESULTS: In the period, a total of 75 patients were submitted to transfemoral TAVR on our institution. We used 1 Perclose in 31 patients (Group A) and 2 Perclose devices on 44 patients (Group B). The characteristics of the patients at baseline; mean age of 77 7.32 years, 39% were female, and mean STS score of 3.6%. There were no significant differences between Group A and B. Balloon expandable TAVR was used in 97.3% of the patients, and in 96% of the patients the introducer sheet used was 14F. At the post-procedure femoral angiography, residual stenosis was present in only 1 (4.1%) patient on Group A and on 9 (25%) patients on Group B (p=0.034). there was no difference in major or minor bleeding with manual prolonged compression in both groups. two patients in Group A required additional vascular closure devices and no in group B. CONCLUSION: On this initial series, the ultrasound guided femoral access and the use of one vascular closure device, proved to be feasible and effective on vascular hemostasis, while reducing residual stenosis of the femoral artery when compared to the use of two vascular closure devices.


Subject(s)
Aortic Valve Stenosis , Femoral Artery , Angiography
19.
J. Transcatheter Interv ; 31: eA202304, 2023. ilus; tab
Article in English, Portuguese | LILACS, CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1523122

ABSTRACT

Na atualidade, as intervenções coronárias percutâneas com implante de um stent farmacológico constituem o principal método de revascularização miocárdica em centros hospitalares terciários, independentemente da forma clínica de apresentação da doença arterial coronária. É de conhecimento geral que, para sua efetivação, há necessidade do uso de um esquema antiplaquetário duplo, constituído pela associação do ácido acetilsalicílico e um inibidor dos receptores plaquetários P2Y12, que é o cerne da prevenção das tromboses após implantes das endopróteses, sendo também indicado para prevenir a ocorrência de eventos aterotrombóticos na evolução clínica tardia, qualquer que seja o modelo de stent utilizado. Após período variável de tempo, independentemente de fatores como forma clínica de apresentação da coronariopatia e do tipo de stent implantado, esse esquema é interrompido, e, na atualidade, as principais diretrizes preconizam a suspensão do inibidor dos receptores P2Y12 e a manutenção do ácido acetilsalicílico em longo prazo como uma das principais medidas farmacológicas de prevenção secundária da aterosclerose. No entanto, recentemente, em razão de sua maior potência antiplaquetária e provável menor potencial de causar hemorragias significantes, em especial no tubo digestivo, os inibidores P2Y12 têm sido considerados alternativa válida e atraente como antiplaquetário de utilização em longo prazo, alternativa ainda não referendada pelas diretrizes. Esta revisão discute os pormenores relacionados a essa importante decisão que deve ser tomada pelo cardiologista no momento da interrupção dos diferentes esquemas antitrombóticos inicialmente utilizados após uma intervenção coronária percutânea. Em princípio, a escassez de estudos clínicos conclusivos e normativos, em especial na população tratada por meio de uma intervenção percutânea, faz com que o ácido acetilsalicílico ainda se mantenha como o único antiagregante plaquetário com indicação classe I com a finalidade de prevenção secundária da aterosclerose.


Currently, percutaneous coronary intervention with a drug-eluting stent implantation is the main method of myocardial revascularization in tertiary care hospitals, regardless of the clinical presentation of coronary artery disease. It is well known that to be effective, it requires the use of a dual antiplatelet therapy, which is a combination of acetylsalicylic acid and a P2Y12 platelet receptor inhibitor, which plays a key role in preventing thromboses after endoprosthesis implantation and is also indicated to prevent atherothrombotic events in the late clinical course, regardless of the stent model used. After a variable period of time, depending on some factors, such as the clinical presentation of coronary artery disease and the type of stent implanted, this therapy is discontinued, and the main current guidelines recommend interrupting the P2Y12 receptor inhibitor and maintaining acetylsalicylic acid in the long term, as one of the main pharmacological measures for secondary prevention of atherosclerosis. However, recently, due to their greater antiplatelet potency and probable lower potential for significant bleeding, especially in the digestive tract, P2Y12 inhibitors have been considered a valid and attractive option as an antiplatelet agent for long-term use; but this alternative has not been endorsed by guidelines yet. This review discusses the details related to this important decision that must be made by cardiologists when discontinuing the different antithrombotic therapies initially used after percutaneous coronary intervention. In principle, the scarcity of conclusive and normative clinical studies, especially in the population treated by percutaneous intervention, means that acetylsalicylic acid is the only antiplatelet agent with class I indication for secondary prevention of atherosclerosis.

20.
J. Transcatheter Interv ; 31: eA20220023, 2023. tab
Article in English, Portuguese | LILACS, CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1418492

ABSTRACT

Em pacientes que apresentam síndromes coronárias agudas e são tratados com intervenção coronária percutânea, a prescrição do esquema antiplaquetário duplo, composto de ácido acetilsalicílico e um inibidor dos receptores P2Y12, é mandatória, contribuindo para a redução de eventos cardíacos maiores. No entanto, ao mesmo tempo em que previne eventos isquêmicos, essa associação pode precipitar complicações hemorrágicas maiores, o que é mais comumente observado quando são prescritos os medicamentos mais potentes, como o prasugrel ou o ticagrelor. Essas constatações levaram à procura de alternativas terapêuticas capazes de manter a proteção contra eventos isquêmicos e, ao mesmo tempo, prevenir a ocorrência de hemorragias. Uma das estratégias que está em estudo é a de-escalação dos inibidores P2Y12, que consiste no uso dos medicamentos mais potentes numa fase precoce após o procedimento, com substituição deles pelo clopidogrel, após um período de, em geral, 30 dias de evolução; outra possibilidade seria a simples redução da dose do fármaco de maior potência, algo que, até o momento, só pode ser cogitado com o prasugrel. A de-escalação pode ser feita de forma guiada, utilizando testes de mensuração objetiva da agregação plaquetária ou exames para avaliar o perfil genético dos pacientes, ou não guiada, na qual o cardiologista simplesmente faz a substituição ou redução da dose ao fim do período estipulado, sem o auxílio de exames complementares. A literatura contempla ensaios clínicos com essas duas opções de estratégia, os quais são discutidos nesta revisão. Até o momento, nenhuma diretriz médica recomenda de forma explícita o uso regular dessa alternativa terapêutica.


In patients who have acute coronary syndromes and are treated with percutaneous coronary intervention, the prescription of a dual antiplatelet regimen, consisting of acetylsalicylic acid and a P2Y12 receptor inhibitor, is mandatory, contributing to the reduction of major cardiac events. However, while preventing ischemic events, this association may precipitate major bleeding complications, which is more commonly seen when more potent drugs, such as prasugrel or ticagrelor, are prescribed. These findings led to the search for therapeutic alternatives that could maintain the protection against ischemic events and, at the same time, prevent the occurrence of hemorrhages. One of the strategies being studied is de-escalation of P2Y12 inhibitors, which consists of the use of more potent drugs in an early phase after the procedure, replacing them with clopidogrel, after a period of, in general, 30 days of clinical course. Another possibility would be to simply reduce the dose of the most potent drug, which so far can only be considered with prasugrel. De-escalation can be done in a guided way, using objective measuring tests of platelet aggregation or exams to assess the genetic profile of patients, or unguided, in which the cardiologist simply replaces or reduces the dose at the end of the stipulated period, with no ancillary tests. The literature includes clinical trials with these two strategy options, which are discussed in this review. So far, no medical guideline explicitly recommends the regular use of this therapeutic alternative.


Subject(s)
Purinergic P2Y Receptor Agonists , Dual Anti-Platelet Therapy , Angina, Unstable , Myocardial Infarction , Prasugrel Hydrochloride
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